A região do Alentejo deixou de ser a única da Península Ibérica que não dispunha de uma unidade de radioterapia, depois de aquele serviço ter sido inaugurado pela ministra da Saúde no edifício hospitalar do Patrocínio. Durante a cerimónia que teve lugar esta tarde, Ana Jorge falou de "uma mais valia" para o Alentejo e para o Serviço Nacional de Saúde.
A abertura da unidade, um investimento privado de 10 milhões de euros, permitirá a poupança adicional de 2,5 milhões por ano em deslocações. Foi assim colocado fim a uma espera de mais de duas décadas, com 600 doentes a terem a partir de agora uma resposta às suas necessidades próximo de casa. António Serrano, presidente do conselho de administração do Hospital do Espírito Santo sublinhou o fim dessas deslocações forçadas, para considerar que se trata da "obra mais importante na área da Saúde feita nas últimas décadas no Alentejo". "(A unidade) permite finalmente concretizar o sonho de evitar que os nossos doentes se desloquem para fora da região, para tratamentos que duram normalmente 25 sessões contínuas, um vaivém de viagens e uma penosidade enorme, tanto para os doentes, que já estavam num estado crítico, como para as suas famílias", afirmou este responsável. António Serrano aproveitou ainda para anunciar que os doentes poderão optar por se instalarem em Évora durante o tratamento, para o que o hospital cobrirá os encargos com alimentação e alojamento em unidades hoteleiras locais. De pior a melhor Até hoje, o Alentejo era a única região da Península Ibérica que não dispunha de uma unidade hospitalar de radioterapia. Agora, passa a ser uma das mais bem equipadas, nomeadamente com o funcionamento do RapidArc. O RapidArc é um aparelho que representa um avanço significativo nos tratamentos do cancro, colocando o Hospital de Évora ao nível do que de melhor se faz no Mundo. Na inauguração da unidade, a ministra Ana Jorge falou de "uma valia muito grande" que suprime uma carência "que é a resposta em radioterapia para o tratamento do cancro". Centro de excelência em equipamentos e tecnologia Para António Serrano, o Alentejo tem agora um centro "de excelência, em equipamentos, tecnologia e recursos qualificados", sendo aquela unidade de radioterapia "a mais bem equipada em Portugal e uma das mais bem equipadas da Península Ibérica". A unidade de radioterapia - que começa a funcionar já esta segunda-feira ao nível das consultas na área da decisão terapêutica - representa ainda a criação de "30 postos de trabalho qualificados", acrescentou o presidente do hospital. A unidade, construída pela Lenicare num investimento privado de 10 milhões de euros, será explorada por este consórcio e deverá vir a tratar milhar e meio de doentes anualmente.
A abertura do serviço de radioterapia em Évora deverá representar para os doentes oncológicos da região do Alentejo o fim das viagens de centenas de quilómetros que têm de percorrer para levar a cabo os seus tratamentos.
È de noticias destas que nós precisamos,
á 3 anos atras,passei 2 meses em Lisboa em tratamento,
espero não precisar mais, mas para quem vier a precisar,
aqui tá uma boa noticia,pelo menos fica-nos
mais perto de casa.