Cancro da Mama
As mulheres com alto risco de contrair cancro da mama podem remover, parcial ou totalmente, os tecidos do seio antes do aparecimento do cancro.
As mulheres com alto risco de contrair cancro da mama podem remover, parcial ou totalmente, os tecidos do seio antes do aparecimento do cancro. Um estudo realizado recentemente mostra que este tipo de intervenção reduziu em 90 por cento as possibilidades de ocorrência do cancro da mama num determinado grupo de mulheres. Mas a investigação do cancro terá ainda de continuar.Nem todas as mulheres correm o mesmo risco de sofrer de cancro da mama. Para as que se encontram em situação de alto risco existe a possibilidade de remover o seio, no todo ou em parte, antes do surgimento do cancro.
Segundo os resultados de um estudo divulgado no princípio deste ano, as mulheres com uma história familiar de cancro da mama podem recorrer a uma mastectomia profilática, com um índice de sucesso de 90 por cento em termos de evitar o aparecimento da doença.
Cirurgia mesmo quando saudável
O estudo, realizado numa clínica norte-americana, veio assim demonstrar que a remoção dos tecidos do seio antes do surgimento do cancro em mulheres de alto risco é uma técnica que pode ser usada.
São já numerosas as mulheres que aceitaram a sugestão. Uma dessas mulheres, com uma aterrorizadora história familiar, conta que a mãe e uma das suas tias tinham morrido de cancro da mama antes dos 50 anos. A avó materna e uma outra tia foram vitimadas pela mesma doença antes dos 40.
Com estes antecedentes familiares, as opções não eram muitas para esta mulher. Segundo o seu relato, "podia continuar a fazer uma mamografia de três em três meses e ficar à espera que o cancro se declarasse ou fazer a operação por forma a melhorar as minhas hipóteses de evitar o cancro". Nestas condições, optou por "recorrer à cirurgia enquanto ainda estava saudável, em vez de fazê-la quando já tivesse o cancro".
Optar com mais certeza
Até há pouco tempo, a mastectomia preventiva era considerada como uma opção para mulheres com alto risco de contrair cancro da mama, mas não havia dados concretos quanto à sua eficácia. Por essa razão, as mulheres viam-se confrontadas com uma opção sem terem uma ideia definitiva sobre as possibilidades reais de redução de risco. O inquérito divulgado em meados de Janeiro veio alterar esta situação, demonstrando o nível de eficiência do processo. br> O estudo desenvolvido entre mulheres com uma história familiar de cancro da mama concluiu que a remoção preventiva do seio, total ou parcial, se traduzia numa redução da possibilidade de contrair a doença. Mais concretamente, a pesquisa apurou que nove em cada dez mulheres de alto risco não tinha contraído cancro da mama. br>