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Associação Europeia Contra o Cancro do Colo do Útero distingue Portugal pelo trabalho feito na prevenção da doença e premeia acção de rastreio no Alentejo

Cancro colo do útero: Portugal distinguido a nível europeu e com prémio a rastreio no Alentejo 21 de Janeiro de 2009, 13:44 Portugal foi hoje distinguido em Bruxelas pela Associação Europeia Contra o Cancro do Colo do Útero pelo trabalho desenvolvido na prevenção desta doença, tendo o Alentejo recebido um prémio pelo rastreio em curso na região.

A distinção e o prémio a Portugal, através do programa de rastreio, de base populacional, implementado pela Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARS Alentejo), surgiram na cimeira da Associação Europeia Contra o Cancro do Colo do Útero (ECCA), que decorre em Bruxelas, no Parlamento Europeu, no âmbito da III Semana de Prevenção da doença.

«A ECCA considerou que Portugal tem sido exemplar nos três níveis de prevenção, não só com uma excelente campanha de sensibilização, mas também atacando na prevenção primária, com a vacina, e na secundária, com o rastreio», explicou à agência Lusa fonte do Ministério da Saúde.

Na cimeira, acrescentou a mesma fonte, foi destacado o «tempo recorde» em que a vacina contra aquela doença, que mata uma mulher por dia em Portugal, foi incluída no Plano Nacional de Vacinação.

Quanto ao rastreio no Alentejo, em curso desde o início de 2008, recebeu um prémio da ECCA por ter sido considerado «o modelo mais fidedigno, que deve ser adoptado no resto de Portugal, assim como noutros países da Europa», disse a fonte do Ministério da Saúde.

Contactada pela Lusa, a presidente da ARS Alentejo, Rosa Matos, congratulou-se por este reconhecimento europeu, adiantando que o rastreio na região já abrangeu, num ano, cerca de 20 mil das 110 mil mulheres alentejanas entre os 30 e os 65 anos, tendo sido realizadas 17.400 citologias.

«Este é o único rastreio em Portugal que tem uma base populacional organizada, ou seja, queremos chamar, no período de três anos, todas as mulheres da região entre aquelas faixas etárias», disse.

Segundo Rosa Matos, em 300 das 20 mil mulheres rastreadas foram detectadas lesões, as quais foram tratadas, sendo que «nove desses casos» já eram «situações cancerígenas».

«O rastreio permitiu detectar 300 lesões, em estádios diferentes de evolução. Mas conseguimos tratar as mulheres e evitar casos mais graves, como a morte», sublinhou.

Em Portugal surgem diariamente «perto de três novos casos de cancro do colo do útero», realçou a presidente da ARS Alentejo, justificando a importância de a doença ser detectada precocemente, para possibilitar o tratamento.

«Se conseguirmos detectar e tratar estas situações a tempo, conseguimos evitar a morte da mulher», assegurou, satisfeita pela campanha de sensibilização para a prevenção e o rastreio realizada na região: «Tem sido boa, mas temos de continuar porque não é fácil».

Para Rosa Mato, o prémio da ECCA é uma «vitória das mulheres alentejanas», sobretudo das «20 mil que já foram rastreadas».

«Elas é que devem estar orgulhosas porque é para as mulheres alentejanas que estamos a trabalhar», afirmou.

A fonte do Ministério da Saúde contactada pela Lusa explicou que está em curso o alargamento a todo o país do tipo de rastreio realizado no Alentejo.

«A região Centro tem, há vários anos, um rastreio que ainda não tem este nível de desenvolvimento técnico, mas vai ser adaptado, e o Norte arrancou em Dezembro com um rastreio-piloto, já alargado a mais centros de Saúde», disse, acrescentando que em Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve estão «para arrancar» iniciativas do género.

O programa de rastreio do Alentejo envolve os 44 centros de Saúde e as três Unidades de Saúde Familiar da região, assim como o Departamento de Patologia (Anatomia Patológica) do Hospital do Espírito Santo de Évora (que analisa todas as amostras recolhidas) e as consultas de ginecologia dos Hospitais de Portalegre, Évora e Beja.

O rastreio, alinhado com as prioridades dos Planos Nacional e Regional de Saúde, tem como missão principal diminuir a incidência e mortalidade do cancro do colo do útero no Alentejo, promover o tratamento atempado, aumentar a sobrevivência das mulheres diagnosticadas com a doença e fazer o diagnóstico precoce a todas as mulheres assintomáticas.

Fonte: Agência Lusa

2009-01-21
 

publicado por carla grileiro às 12:11

comentário:
Bom fim de semana!!
Beijinhos
lina a 6 de Fevereiro de 2009 às 20:46

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